Conheça o Superbird, o muscle car de corrida que tem o maior aerofólio do mundo

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Quando corridas exerciam influência sobre o mercado de automóveis, as fabricantes não mediam esforços para fazer valer a frase “Win on Sunday, sell on Monday”. Ou seja: vencer corridas no domingo significava vender mais carros na segunda-feira. Dois exemplos vieram da Dodge e da Plymouth.

Dona das duas marcas, a Chrysler foi buscar um engenheiro na sua divisão espacial para derrubar a Ford no braço de ferro que disputavam desde 1964 na Nascar, a Stock Car americana.

Como motores poderosos não lhe faltavam, concluiu-se que a aerodinâmica seria o fator determinante para vencer. Então resolveram criar um prolongamento dianteiro em forma de cunha e uma hiperbólica asa de 60 cm na traseira, cujo topo ultrapassava o teto do carro. E as regras da Nascar determinavam que, para inscrever um bólido na categoria, era preciso homologar 500 deles para as ruas. Nasceram então os ícones Dodge Charger Daytona e Plymouth Road Runner Suberbird.

Além das cores vibrantes, o cliente podia escolher também a combinação de motor e câmbio. O mais manso era um 7.2 V8 de 375 cv, passando por sua versão de 390 cv, até o mais cobiçado, um 7.0 HEMI, de 425 cv. Câmbio manual de quatro marcas ou automático, de três.

De fato, os rivais ficaram para trás, pois Daytona e Superbird venceram a maioria das provas da Nascar em 1970. O título daquele ano ficou com Bobby Isaac, pilotando o Dodge.

Contudo, ambos não passaram de 1970: no ano seguinte a Nascar mudou as regras do regulamento, o que na prática barrava os “carros alados” (ou “aero cars”, como também eram conhecidos) da competição.

Por isso são carros raríssimos. Principalmente no Brasil, onde se tem notícia de apenas dois – um deles o modelo na cor Lemon Twist Yellow que pertence ao acervo do Dream Car Museum.